Todos sabem que atualmente os celulares fazem de tudo e estão se tornando quase computadores de bolso, verdadeiras centrais de entretenimento. Os celulares, que começaram como telefones móveis, rapidamente deixaram de apenas fazer ligações e passar torpedos sms e passaram a ser fiéis companheiros do dia a dia de milhões de usuários. Servem de agenda, enram na internet, recebem emails, tiram fotos, fazem vídeos e ainda servem como plataforma de jogos. Já é praxe comprarmos um celular e ele vir com alguns joguinhos embutidos na memória. Se você gosta de jogar no celular, gosta de jogos em geral ou é apenas um entusiasta da tecnologia, continue lendo esse artigo completíssimo sobre jogos para celular.
O Mercado de Jogos Para Celular
O celular já é disparado o aparelho doméstico mais vendido no Brasil. Ele virou item quase obrigatório pra todo mundo, independentemente da idade. Já são mais de 152 milhões celulares em uso, sendo a grande maioria, 82%, pré-pagos e 18% de conta. Os celulares de hoje fazem de tudo, inclusive ligações telefônicas. Dentre centenas de modelos podemos perceber uma constante evolução que parece não ter fim. Resoluções melhores, sons mais nítidos, teclados mais confortáveis e práticos. Tudo isso conspira a favor dos jogos para celular.
Os jogos para celular começaram tímidos, exibindo pouca complexidade e lembrando antigos jogos de 8-bits, como o famoso “jogo da cobrinha”. Com a rápida evolução dos aparelhos, muitos dos jogos atuais beiram a qualidade da geração 16-Bits e as desenvolvedoras conceituadas já lançam jogos 3D, numa rápida evolução de qualidade. São jogos que garantem uma experiência bem mais rica e recompensadora para quem gosta de jogar no celular.
Uma pesquisa divulgada em 2008 aponta que o mercado mundial de jogos para celular registrou lucro de US$ 4.5 bilhões no mesmo ano. Esse número representa um crescimento de 16,1% em relação a 2007, quando faturou US$ 3.9 bilhões. Segundo os analistas, fatores como o crescente aumento de consumidores, modelos de negócios e novos jogos confirmam um mercado em potencial. A expectativa é de que o segmento chegue à marca de US$ 6.3 bilhões em 2011. O Japão lidera com uma boa margem esse mercado, mas é fácil explicar: os nipônicos contam com celulares de última geração acessíveis ao bolso da maioria da população, têm uma conexão móvel de dar inveja e barata e além disso tudo adoram jogos eletrônicos. Basta juntar todos estes ingredientes para termos o maior mercado de jogos para celular do mundo. Logo em seguida estão os EUA e a Europa.
O mercado de jogos para celular no Brasil ainda engatinha, mas algumas empresas têm voltado sua atenção ao promissor filão. No C.E.S.A.R (Centro de Estudos Avançados do Recife), empresas desenvolvem games para grandes fabricantes de celular, tais como Samsung, LG, Motorola e Nokia. Em uma recente entrevista, o executivo-chefe do C.E.S.A.R, Sérgio Cavalcante falou sobre o centro: “O centro tem realizado pesquisas em tecnologias como 3D, reconhecimento de face, funcionalidades para portadores de necessidades especiais, acelerômetro, touchscreen e Bluetooth para utilização em jogos”. Nos últimos sete anos, o centro fez jogos para plataformas J2ME, Brew e Flash Lite. São jogos para celular multijogadores, puzzle, simuladores, de esporte, aventura, corrida e ação. A boa experiência na área levou à criação da empresa Meantime (www.meantime.com.br), que mantém parceria com operadoras de celular do Brasil e já desenvolveu jogos utilizando sucessos brasileiros, como o programa Big Brother, Ronaldinho Gaúcho e Ayrton Senna. A Meantime tem produtos distribuídos nos EUA, na Europa, na Ásia e na América Latina. Cavalcante ainda conclui: “O mercado de jogos para celular no Brasil é diferente de tudo e tem a cara do mercado de games do futuro. Quem melhor se posicionar aqui hoje, melhor saberá vender games em qualquer lugar do mundo no futuro. Essa batalha não será travada no front da tecnologia e sim no front do modelo de negócios”.
O grande atrativo para a produção de jogos para celular é o baixo custo envolvido e a facilidade de distribuição. Basta disponibilizar os produtos através das operadoras para que os clientes comecem a fazer download de jogos para celular. As únicas barreiras ainda são a diferença entre os aparelhos celulares e os sistemas operacionais deles, além dos preços dos downloads. Ainda se cobra taxa para processar a operação pela internet, o que adicionado ao valor do jogo aumenta consideravelmente o preço final. Precisa haver uma unificação de valores para serviços e jogos, pensando sempre em termos de preços acessíveis para os usuários.
Segundo dados da Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos), até o fim de 2008 existiam 12 produtoras de jogos para celular no Brasil. Cerca de metade dessas empresas já exporta, embora os números ainda não sejam significativos.